As terminações de cabos de média tensão são muito importantes para garantir o isolamento seguro entre as partes energizadas e a blindagem, além de aliviar o campo elétrico nas terminações. Pode ser do tipo interna ou externa. Para boas práticas das terminações devemos realizar constantemente manutenções preventivas para evitar qualquer tipo de falha. Caso tenha dúvida de como é realizado a instalação das muflas elétricas veja o artigo 👉 como realizar a instalação das muflas!
Podemos dizer que existem alguns tipos de terminações, mas basicamente se resumem a instalação da mufla elétrica termocontrátil a quente, a contrátil a frio, a push-on e a de porcelana. Nos datasheets dos fabricantes geralmente vem especificando o tipo de terminação com a classe de isolação e a seção dos condutores para dimensionamento e cotação no projeto.
1. As muflas de termocontratil a quente possuem boa estabilidade térmica e também são muito resistentes ao calor, com temperatura de fusão entre 50 e 100ºC. Estes tipos de terminações/Muflas possuem também aditivos, tais como antioxidantes, retardantes de chamas, agentes de cura, catalisadores e estabilizantes contra raios ultravioletas.
2. As muflas e terminações elétricas contrátil a frio são fabricadas com compostos de borracha de silicone, com a vantagem primordial na flexibilidade do silicone, visto que isso facilita muito os processos de montagem. Outra vantagem destes acessórios para cabos é que pode ser aplicado em diversas seções transversais de condutores de média e alta tensão, sem contar que este tipo de mufla contrátil a frio pode ser retiradas dos cabos e com a possibilidade de serem reaproveitadas.
3. As terminações e muflas do tipo push-over são fabricados em borracha de silicone, para serem instaladas nos cabos isolados e blindados que são ligados em diversos equipamentos de uso interno com isolação de até 36kV. Este tipo de terminal de média tensão possui um diferencial que é um cordão plástico na parte interna, o qual se contrai a terminação no cabo elétrico quando o instalador puxa este cordão, o qual tem a função de aliviar a tensão na parte final do condutor.
4. As terminações e muflas do tipo porcelana não são tão utilizados pelo custo elevado de fabricação, porém apresenta uma resistência muito maior do que as muflas anteriores sendo sua utilização recomendada em locais com alta salinidade entre outros intemperes.
Manutenção
As muflas sofrem degradações que são chamadas de arborescências. Essas degradações vão gerando descargas espaciais internas até evoluírem para um curto-circuito. Para evitarmos este tipo de problema realizamos os ensaios preventivos.
O ensaio de resistência de isolamento utiliza um megohmetro para medir a resistência entre a blindagem condutora e a parte condutora da mufla. Os valores de referência vão variar de acordo com a classe de isolação da mufla.
O ensaio da medição da resistência de isolamento é um dos principais ensaios realizados. As muflas elétricas externas podem apresentar pontos de deterioração, como pequenos furos ou fissuras em seu revestimento, comprometendo seu potencial de isolação.
Já o ensaio de perdas internas, que utiliza um tangente de delta ou fator de potência para realização deste ensaio, detecta o quanto o cabo está degradado da terminação ocasionada por arborescências entre o isolante e o condutor. Quer saber mais? 🔗 Leia o artigo completo de Ensaio de capacitância e fator de dissipação.
O ensaio de descargas parciais é um ensaio que utiliza equipamentos que sejam capazes de fazer a leitura da corrente de terceira harmônica emitida por uma fonte em VLF que vai detectar o nível de descargas parciais interna na mufla ocasionado por arborescências. Para te ajudar a entender mais, leia o artigo sobre Ensaio de Descargas Parciais.
A termografia vai detectar pontos quentes provenientes de descargas parciais, má conexão no sistema, …
Utilizando um termovisor para realizar o ensaio! Quer saber mais? Leia o Termografia em Subestações
Um ensaio relativamente novo no mercado é a ultrassonografia em subestações que consiste em um equipamento que é capaz de captar um ruído em uma determinada frequência plotando o espectro da frequência analisada para identificação de falhas.
Deixe nos comentários quais ensaios vocês realizam nas subestações?
Por: Mesh Engenharia
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