Muito se fala sobre os equipamentos da subestação, como transformador de corrente, transformador de potencial, transformador de potência, chave seccionadora etc. Neste artigo vamos conhecer um pouco sobre os reatores, suas aplicações dentro da subestação e os tipos que temos disponíveis no mercado.
Os reatores são equipamentos que são utilizados para consumir o excesso de reativo do sistema e prover reatância no sistema, esta reatância gerada tem um leque de aplicações em subestação e no sistema de transmissão e distribuição. Dentro destas aplicações temos o reator sendo utilizado como limitadores de correntes de falta, limitador de “inrush” para capacitores e motores, filtros harmônicos etc.
Os reatores podem ser do tipo reator a seco ou reator imerso a óleo. O reator a seco pode ser constituído com núcleo de ar ou de ferro.
Os reatores a seco com núcleo a ar, são por concepção unidades monofásicas, tem como vantagens a baixa necessidade de manutenção, alta resistência mecânica suportando assim elevadas correntes de curto-circuito e baixa emissão de ruído para algumas aplicações específicas.
Como citado, temos vários tipos de reatores para diferentes aplicações.
Reator de derivação: São equipamentos destinados para compensar a corrente capacitiva no sistema, podendo ser ligado entre fase e terra, entre fase e neutro e entre fases. Normalmente são conectados ao terciário do transformador em sistemas de até 245kV, mas podem ser também diretamente ligados à linha.
Reator limitador de corrente: É ligado em série no sistema para limitar a corrente em caso de falta. Sempre que há corrente de curto-circuito presente no sistema, seja calculada para exceder a classificação de interrupção do comutador associado, deve ser aplicado este tipo de reator. Também é aplicado como reator de partilha de carga para equilibrar a corrente em circuitos paralelos.
Reator de aterramento de neutro: É um equipamento destinado a ligação entre o neutro e terra para que, no caso de algum problema no sistema de aterramento, haja a limitação da corrente entre fase e terra.
Reator para controle de fluxo de potência: Equipamento também conectado em série ao sistema para controlar o fluxo de potência.
Reator de amortecimento: Este equipamento é conectado em série com os capacitores de derivação para de limitar as correntes transitórias de energização, ou seja, corrente de “inrush” dos capacitores e as correntes transitórias de descarga (outrush), que são provenientes das faltas ou manobras de capacitores adjacentes ou evitar possíveis ressonâncias do banco de capacitores.
Reator de supressão de arco: Este tipo de reator é conectado entre o neutro e a terra do sistema para compensar as correntes capacitivas fase-terra ocasionadas por uma falta monofásica fase-terra (sistema de aterramento ressonante). Este tipo de reator é muito utilizado em aterramento ressonante ou de alta indutância. Também conhecido como “Bobina de Petersen”.
Concluímos que o reator é um componente versátil dentro do sistema elétrico de potência, podendo utilizá-lo para várias finalidades, neste artigo trouxemos algumas aplicações e aspectos gerais deste equipamento.
Referências Bibliográficas:
ABNT NBR 5356-6:2012 – Transformadores de potência Parte 6: Reatores
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