Nós da Mesh Engenharia acreditamos que isso é um mito. Mesmo com as cabines blindadas o projetista continua sendo tão necessário quanto antes. E verdade que a cabine blindada agiliza o projeto por não termos que nos preocupar com o posicionamento dos equipamentos do sistema, e outros aspectos de projeto. Neste artigo vamos ver o que mais é necessário para um projeto de conjunto blindado.
Antes de começar o projeto o projetista deve fornecer algumas informações ao fabricante da cabine blindada sobre o sistema para que este forneça o projeto da cabine. Com este projeto em mãos, o projetista deve colocá-lo no padrão da concessionária e incluir as vistas da cabine no desenho.
Planta de Localização/Situação
O projeto deve contemplar a planta de localização e situação da subestação independentemente do tipo da subestação que será utilizado.
Diagrama Unifilar
Todo projeto, seja ele de cabine blindada ou não, deve constar o diagrama unifilar da subestação, mostrando o sistema de forma simplificada desde a alimentação da concessionária até as cargas, que deverá ser fornecido para o fabricante da cabine.
Diagrama do Relé
A título de apresentação junto a concessionária, o projetista deve elaborar o diagrama de interligação do relé, essa informação deve ser fornecida pelo fabricante, porém cabe ao projetista conferir e incluir o documento no projeto.
Quadro de Cargas
A concessionária exige o quadro de cargas de qualquer projeto que for apresentado, independente se for cabine blindada ou não. Esta parte do projeto especifica as cargas que serão alimentadas apresentando a previsão de cargas para a concessionária e demonstrando também se há cargas perturbadoras ao sistema.
Ramal de Entrada
Devemos projetar a entrada da alimentação da cabine blindada. Para isso deve definir as interferências e fazer a transição da rede da concessionária aérea para subterrânea entrando no cubículo.
A subestação em conjunto blindado pode ser abrigada ou ao tempo, no caso de ser abrigada devemos prever os seguintes pontos:
– Desenho dos painéis (vistas fornecidas pelo fabricante);
– Rota de cabos;
– Estrutura civil;
– Iluminação da subestação;
– Ventilação da subestação;
– Aterramento;
Se tratando de subestação ao tempo temos os seguintes pontos a serem inclusos no desenho:
– Desenho dos painéis (vistas fornecidas pelo fabricante);
– Rota de cabos;
– Iluminação externa (já que é ao tempo);
– Aterramento;
– Estrutura civil (neste caso deve ser previsto uma cerca no entorno da subestação para impedir a entrada de pessoas não autorizadas).
Além dos pontos descritos acima, é dever do projetista fornecer todas as especificações do sistema para o fabricante da cabine seguir no momento da fabricação da subestação blindada. Essa especificação compreende o diagrama unifilar do sistema, folha de dados de cada equipamento, tipo de entrada, características do sistema, classe de tensão, potência da carga, modelo do relé que será utilizado, natureza da ligação, dentre outras informações.
Vemos então que não é somente comprar a subestação blindada que o problema está resolvido. Há uma gama de periféricos importantes para que a subestação entre em funcionamento e que deve constar no projeto.
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Até a próxima edição!
Equipe Mesh Engenharia