manutenção em subestações é um evento que deve ocorrer periodicamente para garantir a integridade dos equipamentos e evitar acidentes na subestação. Para realização da manutenção é necessário utilizar equipamentos de medição para verificar se os equipamentos dentro da subestação necessitam de manutenção. Neste artigo iremos falar um pouco dos principais equipamentos de medição utilizados em ensaios de rotina na manutenção de uma subestação.
- Hipot
O Hipot (High potencial) é um equipamento projetado para aplicar tensão continua (CC) ou alternada (CA) para verificar a suportabilidade dielétrica dos isolantes.
Para utilizar o Hipot devemos ter um tanque com transformador imerso em óleo ou um capacitor, isso varia por fabricante.
A primeira imagem observa-se o ensaio de rigidez dielétrica em um material dielétrico em que a tensão aplicada pelo Hipot não foi suficiente para romper sua rigidez dielétrica, consequentemente não houve fuga de corrente. No segundo exemplo observamos que o dielétrico não suportou a tensão aplicada pelo Hipot e por isso houve a circulação de corrente de um ponto ao outro, tornando o dielétrico reprovado.
Ensaio de rigidez dielétrica de uma luva utilizando hipot.
Ensaio de rigidez dielétrica em um QGBT
Ensaio de rigidez dielétrica de um cabo (aplicando tensão em cada uma das veias).
- Megôhmetro
Sua finalidade é realizar a medição de grandes resistências ôhmicas em que os multímetros não tem capacidade de realizar a medição, este equipamento utiliza o método de aplicar uma grande tensão para conseguir vencer a alta resistência, consequentemente gera uma pequena corrente que circula pelo equipamento em ensaio.
Quanto maior R (resistência ôhmica)
Maior será a V(tensão) a ser aplicada
Menor será a I (corrente elétrica)
A escala de leitura de um megôhmetro fica em k, M, G em alguns equipamentos até na escala de T.. Pode achar megôhmetro que aplicam no mínimo 500V e podem chegar a 5KV em corrente continua.
Geralmente utiliza-se em ocasiões que se deseja realizar a medição da resistência de isolamento de motores, transformadores, disjuntores, chaves seccionadoras dentre outros equipamentos.
- Microhmímetro
Realiza medições de baixas resistências ôhmicas, em situação que os multímetros não conseguem de realizar essas medições.
Os microhmímetros trabalham na escala de m , µ isso vai depender da capacidade da corrente de aplicação que pode ser de 1 A, 10A e 100A em corrente continua.
R (resistência ôhmica) é muito baixa
V (tensão aplicada) é muito baixa
I (corrente elétrica) é muito alta
Estes equipamentos podem realizar a medição através da medição a 4 fios (ponte de Kelvin) ou através do método de Wheatstone que elimina a resistência ôhmica dos condutores das pontas de provas.
No comissionamento/manutenção de subestações o microhmímetro é utilizado para realizar os ensaios de baixa resistências ôhmicas de contato de disjuntores, seccionadoras e comutadores, assim como a medição da resistência ôhmica de bobinas de transformadores e enrolamento de motores e geradores.
- Relação de Transformação (TTR)
Os TTR’s são utilizados para realizar o ensaio de relação de transformação em transformadores de instrumentação e potência em subestações.
Pode realizar os ensaios de:
- Polaridade dos enrolamentos;
- Identificação dos terminais, ligações e derivações internas;
- Detecção de curto circuito interno;
- Detecção de circuitos internos abertos
- Fonte de Corrente
O instrumento básico para se realizar os testes em relés de proteção é a caixa de calibração. Trata-se basicamente de uma fonte de corrente e tensão, que pode ser monofásica, trifásica, hexafásica ou polifásica e que conta com um sistema de contagem e registro do tempo de atuação dos relés sob teste.
No caso dos relés modernos deve ser também utilizado um notebook com portas de comunicação adequadas para cada tipo de relé de proteção para se efetuar a comunicação com o mesmo e mudança e verificação de parâmetros.
Existem fontes de corrente que podem realizar ensaios de leitura de baixa resistência ôhmica (microhmímetro), alta resistência ôhmica (megôhmetro), ensaio de saturação em TC’s de proteção, teste de protocolos da norma da IEC61850
Conclusão
É comum realizar ensaios em subestações para verificar a condição de funcionamento dos equipamentos e a perda de vida útil ao longo do tempo que ficou em operação. Essa prática é importante, pois consegue-se prevenir falhas e evitar a parada de um dado equipamento ou subestação.
Equipe Mesh Engenharia,
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