A malha de aterramento é um sistema de condutores e hastes interligadas no solo com a função de dissipar qualquer corrente elétrica proveniente do sistema de forma em que as tensões de toque e de passo sejam incapazes de causar danos as pessoas.
No comissionamento ou na manutenção do sistema elétrico devemos saber qual o valor da resistência da malha de aterramento para garantirmos que os potenciais de passo e de toque não ultrapasse valores que causem risco a vida.
Para realizar a medição da malha pode ser utilizado o método queda de potencial, que utiliza um terrômetro.
Medição a 3 fios
Para realizar o ensaio a 3 fios, deve-se conectar um eletrodo na extremidade da malha em que desejamos realizar a medição (E). Afastando uma distância d (esta distância é de pelo menos 3 vezes a maior dimensão da malha de aterramento) da extremidade da malha iremos colocar o eletrodo de corrente (S) que irá permitir a circulação de uma corrente entre a malha de aterramento e posteriormente conectamos o eletrodo de tensão (H) a uma distância de 5% da distância d deslocando gradativamente proporcionalmente.
Existem 2 formas possíveis de medição do método queda de potencial que podem ser realizadas:
1. Deslocamento do eletrodo de tensão (E2) for coincidente com a direção e o sentido do eletrodo de corrente (E3)
Para determinar a resistência neste método é levado em consideração o tipo de solo.
Para um solo homogêneo, com o sistema de aterramento cuja maior distância da malha seja inferior a 10 metros e o afastamento d esteja dimensionado corretamente entre os pontos do eletrodo da malha (H) e o eletrodo de corrente (E), o ponto em que se obterá a leitura correta da resistência da malha estará situado no ponto em que o eletrodo de tensão (S) em uma distância de 62% da distância d em relação ao ponto do eletrodo da malha de aterramento (E). O tipo de curva que demonstra a medição da resistência da malha é indicado curva A
Porém para solos não homogêneos e/ou sistemas de aterramentos complexos, é difícil de determinar a localização adequada do eletrodo de potencial (S) para se obter o valor da resistência da malha. Caso a distância (d) não seja dimensionada corretamente o formato da curva é representado na curva B
2. Deslocamento do eletrodo de tensão (H) for com a direção e o sentido contrário do eletrodo de corrente (S)
O valor da resistência obtido é inferior ao valor verdadeiro, porém esta diferença não é significativa, tornando aceitável esta diferença, desde que os espaçamentos dos eletrodos da malha de aterramento (E) esteja distanciado conforme o especificado (distância d) do eletrodo de corrente (S). Sua única vantagem é a minimização dos efeitos do eletrodo de corrente (H) nos resultados das medições (Curva C). Não é recomendado a utilização deste ensaio em malhas de aterramento cuja maior dimensão seja superior a 10 metros.
Conclusão
Este ensaio não deve ser realizado em locais que possam existir outras malhas de aterramento, tubulações metálicas, contrapesos contínuos de linhas de transmissão e instalações densamente povoadas para evitar interferências nas medições.
Além disso, sistemas de aterramento que possuem grandes dimensões necessitaria de um espaçamento muito grande entre os eletrodos de potenciais e corrente, portanto também não é realizado esse ensaio, pois devido sua extensão apresentam baixos valores de resistência.
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Referência Bibliográfica:
ABNT NBR 15749-1:2009 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de aterramento
Um abraço e até a próxima,
Equipe Mesh Engenharia
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