Os transformadores de corrente de média tensão são fundamentais nas subestações. Porém é de extrema importância o projetista, técnico e qualquer tipo de operador tenha conhecimento das características construtivas do TC.
Tipos de TCs
- Tc tipo barra
Enrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do núcleo do transformador, podem ter até 4 núcleos. O núcleo tem forma toroidal, enrolado com tira de aço-silício, de grãos orientados. O enrolamento secundário consiste em fio-esmaltado e isolado com tecido de algodão. A reatância secundaria do enrolamento entre quaisquer pontos de derivação é pequena.
- Tc tipo enrolado
É aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras envolvendo o núcleo do transformador
- Tc tipo janela
Não possui um primário fixo no transformador, possuindo uma abertura através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o circuito primário. Mais utilizado na baixa tensão onde as correntes são baixas ou médias.
- Tc do tipo bucha
São semelhantes aos TCs do tipo barra, porém sua instalação é feita nas buchas do equipamento que se deseja medir a corrente. Sendo mais utilizado em transformadores de corrente, geralmente mais utilizado na proteção diferencial quando deseja restringir a zona de proteção ao próprio equipamento.
- TC tipo núcleo divido
Muito parecido com TC do tipo janela, porém com o núcleo divido podendo fazer a medição em diferentes pontos dos cabos. Muito utilizado na manutenção, sendo mais conhecido por alicate-amperímetro.
- TC com vários enrolamentos primários
É constituído por vários enrolamentos isolados no primário e um único enrolamento no secundário. Essa construção do TC permite fazer ligações no primário ou em série ou em paralelo mudando a relação de transformação.
- TC com vários núcleos secundários
Possui 2 ou mais enrolamentos secundários e cada um possui individualmente o seu núcleo formado, juntamente com o enrolamento primário, um só conjunto. Nesse transformador a sessão do transformador primário deve ser utilizado com a maior relação de transformação do núcleo do secundário, tornando os núcleos secundários isolados um do outro.
- TC com vários enrolamentos secundários
Com um único núcleo que possui apenas 1 enrolamento no primário e vários enrolamentos no secundário que podem ser ligados em série ou em paralelo. Tem que se levar em consideração que a classe de exatidão do TC tem relação com sua operação na posição que leva o maior número de espiras.
- TC tipo derivação no secundário
E por último o TC derivação no secundário, sua diferença do TC com vários enrolamentos no secundário é que o último tem os enrolamentos isolados e este é um enrolamento com várias derivações sem isolamento entre as derivações.
Interpretação da Corrente Nominal
As correntes nominais primarias devem ser compatíveis com a corrente de carga do circuito primário. A corrente do secundaria é padronizado com uma corrente de 5A, porém salve algumas exceções quando a medição fica distante do relé pode ser diminuído a corrente para 1A para evitar com que haja perdas por efeito joule nos cabos. Sua simbologia está definida como:
- Sinal de 2 pontos (:) -> utilizado para exprimir relações de enrolamentos diferentes. Ex: 300:1
- O hífen (-) -> deve ser utilizado para separar correntes nominais de enrolamentos diferentes. Ex: 300-5A, 300-300-5A (2 enrolamentos primários) e 100-5A (2 enrolamentos secundários)
- Sinal de multiplicação (x) -> Utilizado para separar correntes nominais e relações nominais obtidas por religação em serie ou em paralelo. Ex: 300×600-5A (correntes primarias nominais) cujos enrolamentos podem ser ligados em série ou em paralelo.
- A barra (/) -> utilizada para separar correntes secundárias nominais ou relações nominais obtidas por meio de derivações, feitas tanto no primário quanto no secundário.
- A barra (//) -> utilizada para separar correntes primárias nominais ou relações nominais obtidas por meio de derivações, feitas tanto no primário quanto no secundário. Ex: 300//400-5A
Segundo a ABNT NBR 6856:2021 determina a classificação das nomenclaturas de acordo com a característica construtiva dos enrolamentos dos TC’s. Compartilhe este artigo para que mais pessoas possam entender como classificar o TC!
Referência Bibliográfica:
ABNT NBR 6856:2021
Por: Mesh Engenharia
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