Aterramento de Muflas

Cabos de média tensão

1. Condutores

É a parte do cabo que permite a passagem da corrente elétrica (I), geralmente são utilizados cobre que tem características elétricas e mecânicas mais atrativas na baixa e média tensão e o alumínio por ter um custo menor e pela densidade serem menores se observa mais nas redes de transmissão.

Imagem: Condutores

2. Isolante

A camada isolante dos cabos de potência atuais é constituída por compostos dielétricos sólidos extrusados, ou seja, materiais com alto valor de rigidez dielétrica. Excluindo os materiais estratificados, utilizados nos cabos de papel impregnado a óleo, atualmente os principais materiais utilizados são o PVC, EPR e XLPE.

Imagem: Isolante

3. Blindagens de eletrostáticas

Os semicondutores internos dos cabos de média tensão tem a função de preencher os espaços vazios internos entre a parte condutoras e isolantes. Utilizando os semicondutores para uniformizar o campo elétrico emitido pelos condutores para não ocasionar diferença de potencial na superfície dos isolantes, evitando a degradação por descargas parciais, aumentando a vida útil do isolante.

Imagem: Blindagens de eletrostáticas

4. Blindagens metálicas

Sua função principal é confinar o campo elétrico aos limites da isolação e ao mesmo tempo eliminar a possibilidade de choque elétrico ao se tocar na capa do cabo, desde que a blindagem metálica esteja corretamente aterrada. Além disso, a blindagem metálica propicia um caminho de baixa impedância para as correntes de falta à terra e tem a função de reduzir os efeitos da interferência eletromagnética ou o ruído elétrico, garantindo uma tensão praticamente igual a zero sobre a superfície dessa isolação.

Imagem: Blindagens metálicas

Muflas e terminações

As muflas tem como objetivo de manter as condições de isolação e uniformidade do campo elétrico nas terminações dos cabos de média tensão. Para realizar a conexão com outras partes do sistema elétrico

Imagem: Muflas e terminações

Aterramento da blindagem do cabo em dois ou mais pontos

Muitos autores dizem que ao realizar o aterramento das muflas nas 2 extremidades, ocorre a circulação de correntes parasitas decorrentes da desuniformidade do campo elétrico nos cabos fechando um circuito com a terra. Outros autores dizem que esta corrente parasita pode ser ocasionada da falta de equipotencialização do sistema de aterramento gerando uma diferença de potencial entre as partes aterradas e ocasionando do surgimento de correntes parasitas. É um assunto que deve ser considerado no calculo da seção da blindagem dos condutores. Para este problema alguns projetistas sobredimensionam a blindagem de forma a não elevar a temperatura interna dos cabos decorrente das correntes parasitas.

Imagem: Aterramento da blindagem do cabo em dois ou mais pontos

Por ter as duas terminações aterradas utiliza-se mais este tipo de aterramento quando a distância entre o terminal das muflas são maiores. A corrente de curto-circuito que passa pelo condutor induz uma corrente na blindagem metálica do cabo em função da tensão induzida.

Aterramento da blindagem do cabo em um único ponto

A blindagem dos cabos de média tensão aterrada em uma única extremidade geralmente é utilizada em sistemas de até 150 metros.

Ao ocorrer uma corrente de curto-circuito que flui pelo condutor surge uma tensão induzida na blindagem metálica do cabo, provocado pelo aumento do campo magnético. Essa tensão tem seu valor máximo na extremidade oposta da blindagem metálica. As blindagens metálicas dos três cabos do circuito são conectadas em um ponto em comum e ligadas à terra juntamente com a blindagem metálica da mufla ou terminação termocontrátil. Já na extremidade oposta será conectada à terra somente a blindagem da mufla ou da terminação contrátil. Deve também se tomar cuidado com equipotencialização do sistema de aterramento ao realizar a conexão com a terra.

Imagem: Aterramento da blindagem do cabo em um único ponto

Fontes:

– Manual de Equipamentos Elétricos – 5ª Edição – João Mamede Filho – Editora LTC

– Instalações Elétricas Industriais – 9ª Edição – João Mamede Filho – Editora LTC – Rio de Janeiro

– Proteção de Sistemas Elétricos de Potência – 2ª Edição – João Mamede Filho e Daniel Ribeiro Mamede – Editora LTC

– Proteção de Equipamentos Eletrônicos Sensíveis – 2ª Edição – João Mamede Filho – Editora Érica 

Por: Mesh Engenharia

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