Desenergização e Desenergização de Subestações

A NR 10 determina que para realizar qualquer tipo de manobra/operação em subestações deve garantir a segurança e a saúde dos operadores.

 Subestações de média tensão são projetadas para garantir a segurança dos operadores por isso é obrigatório ter EPI’s disponíveis no interior das instalações com a isolação compatível com o nível de tensão e todos os dispositivos internos devem ser projetadas de acordo com as normas da ABNT 14039, ANEEL 414, …

Imagem: Caixa de EPI’s Localizada na SE

Desenergização de subestações

A NR 10 define uma sequência que deve ser obedecida de forma sequencial os seguintes procedimentos:

  • Seccionamento do sistema

O procedimento deve começar primeiro abrindo o disjuntor de baixa tensão tirando a carga do sistema, depois abrindo o disjuntor de média tensão para retirar a carga do transformador.

Após seccionar o sistema com carga abriremos as chaves seccionadoras do circuito.

  • Bloqueio das partes Seccionantes do Sistema

Todo equipamento que tiver parte seccionante deve ser bloqueado, geralmente esses equipamentos são equipados com o intertravamento Kirk, para impedir de fechar o sistema com os operadores que estiverem realizando a manutenção. Para uma maior segurança geralmente utiliza-se a caixa de bloqueio.

Para utilizar de forma correta esse procedimento o técnico ou engenheiro responsável por seccionar as partes seccionantes do sistema deve travar essas partes com a chave Kirk

Imagem – Chave Kirk Sendo Travada em todas as partes Seccionantes do Sistema

Após realizar o travamento deve colocar todas as chaves dentro da caixa e todos os técnicos ou engenheiros que forem realizar a manutenção deve ter um cadeado que será colocado em cada uma das aberturas da caixa.

Imagem: Caixa de Bloqueio

Só sendo possível o comutar o sistema depois que todos os operadores retirarem seus respectivos cadeados, indicando que não há mais riscos de acidentes.

  • Constatação da ausência de tensão

Após bloquear todas as partes seccionantes do sistema deve inspecionar através de um bastão de detecção de tensão para verificar se realmente os equipamentos estão desenergizados.

Imagem: Bastão de Detecção de Tensão
  • Aterramento temporário com equipotencialização dos condutores da subestação

Deve se instalar o aterramento temporário para equipotencializar os pontos condutores de uma forma que garanta a segurança do operador.

Imagem – Equipamentos de aterramento temporário
  • Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada

É fundamental após aterrar os equipamentos colocar proteção dos elementos energizados de modo que aumente a segurança dos operadores com futuros acidentes.

Imagem – Proteção dos Elementos Energizados
  • Instalação da sinalização de impedimento de reenergização

Geralmente utiliza placas que sinaliza que a subestação está sendo operada. Evitando com que ocorra qualquer tipo de energização da subestação em manutenção.

Imagem – Placas de Sinalização

Após realizar todos esses procedimentos, podemos realizar todos os ensaios de manutenção na subestação. 

Reenergização da Subestação

Para realizar todos os procedimentos para reenergizarmos a subestação devemos seguir os seguintes passos:

  • Retirar todos os equipamentos e ferramentas da subestação

Após realizar todos os ensaios devemos retirar todos os equipamentos de dentro da subestação.

Imagem: Subestação Vista Superior Vazia e Seccionada
  • Retirada de todos os operadores que não fazem parte da reenergização

Após todos os equipamentos terem sido retirados, os operadores que não farão parte da equipe de reenergização deve se retirar da subestação.

Imagem – Subestação Vista Superior Vazia e Seccionada
  • Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais

Após todos os operadores que não fazem parte da reenergização forem retirados da zona controlada, o de modo que o operador responsável pode retirar o aterramento temporário das partes condutoras.

Imagem – Subestação Vista Superior Vazia e Seccionada ainda Retirando a parte do Aterramento Temporário.
  • Remoção da sinalização de impedimento de reenergização

Só sendo possível o comutar o sistema depois que todos os operadores retirarem seus respectivos cadeados da caixa de bloqueio, indicando que não há mais riscos de acidentes.

Imagem: Caixa de Bloqueio
  • Destravamento e religação dos dispositivos de seccionamento

Após o operador responsável por seccionar o sistema destravar todas as travas de segurança devemos realizar o fechamento das chaves seccionadoras que só realizam o fechamento sem carga, depois realizaremos o fechamento do disjuntor de média tensão para a magnetização do transformador e por último os disjuntores de baixa tensão.

A NR 10 diz que estás medidas podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminados em casos específicos em que possuam outros métodos que aumentem ou mantenham a mesma segurança dos operadores nas subestações só podendo ser alteradas por profissionais habilitados e capacitados. Você sabia como realiza desenergização e reenergização de subestações?

Deixe nos comentários suas dúvidas! Se quiser se aprofundar nos procedimentos da NR 10 em subestações conheça nossos treinamentos de projetos de subestações!

Por: Mesh Engenharia

📰 Esperamos que esses conteúdo tenha sido valioso para você. Você também pode encontrar outras dicas no nosso blog, confira!

⚡ Materiais Gratuitos! Aqui você encontrará os melhores materiais sobre Projetos de Subestação e Estudos de Proteção para otimizar seu tempo. Clique aqui para fazer o download.

O equipamento medidor de fator de potência é um equipamento utilizado para realizar a medição

Ler Mais

A sigla SMF significa sistema de medição de faturamento, este sistema faz a medição da

Ler Mais

Nós da Mesh Engenharia acreditamos que isso é um mito. Mesmo com as cabines blindadas

Ler Mais

Nossas Redes Sociais:

Não perca nenhum artigo!

Faça seu cadastro e receba as novidades da Mesh Engenharia em primeira mão!

Marketing por